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"A verdade triunfará". Sarkozy quer "provar inocência" após a sua libertação sob controlo judiciário
Nicolas Sarkozy, condenado no caso do financiamento líbio, foi libertado esta segunda-feira da prisão. A justiça aceitou o pedido de libertação do antigo presidente francês e colocou-o sob controlo judiciário.
Após 20 dias de detenção na prisão de La Santé, em Paris, Nicolas Sarkozy regressa a casa sob estrita supervisão judicial e com interdição de sair do território francês. "O tribunal declara admissível o pedido de libertação e coloca-o sob controlo judiciário", declarou o presidente do Tribunal de Recurso.
Algumas horas após a sua saída da prisão, o antigo presidente francês, de 70 anos, escreveu nas suas redes sociais que "a lei foi aplicada" e que "a verdade triunfará".
"A lei foi aplicada. Agora vou preparar o recurso. A minha energia está voltada apenas para o objetivo de provar a minha inocência. A verdade triunfará. É uma evidência que a vida ensina", assegurou Nicolas Sarkozy.
"O final da história ainda está por escrever", concluiu.
Au moment où je retrouve ma liberté et ma famille, je veux dire à toutes celles et ceux qui m’ont écrit, soutenu, défendu, combien je leur en suis reconnaissant. Vos milliers de témoignages m’ont bouleversé et donné la force de supporter cette épreuve.
— Nicolas Sarkozy (@NicolasSarkozy) November 10, 2025
Le droit a été appliqué.…
Proíbido de sair de França
Enquanto aguarda o ínicio do julgamento do recurso Nicolas Sarkozy está proibido de contactar com outros indiciados e testemunhas envolvidos no processo, contactar com o atual ministro francês da Justiça, Gérald Darmanin que o visitou na semana passada, e de sair do território francês.
A justiça francesa proibiu o antigo presidente de sair de França, considerando que o "risco de pressão e concertação não pode ser totalmente descartado".
Caso viole alguma das medidas que foram aplicadas, Sarkozy terá de regressar ao estabelecimento prisional de La Santé, onde entrou a 21 de outubro.
Julgamento deverá começar em março
O seu julgamento do recurso, no caso do financiamento líbio da sua campanha presidencial de 2007, deverá começar em março. Segundo fontes próximas do caso, citadas pela agência France Presse, as datas ainda não foram oficialmente anunciadas e deverão ser comunicadas aos advogados na quinta-feira.